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O Que é A Consagração à Santíssima Virgem Maria Pelo Método De São Luís Maria Grignion De Montfort?

O Que é A Consagração à Santíssima Virgem Maria Pelo Método De São Luís Maria Grignion De Montfort?

A devoção à Santíssima Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, remonta ao início do Cristianismo. No momento em que Cristo no Calvário disse a Maria:  “Mulher, eis aí o teu filho” e depois disse ao discípulo: “Eis aí a tua Mãe” (Jo.19, 26-27) deu-se o início da entrega dos filhos da Igreja à Mãe do Verbo Encarnado.

A oração mais antiga de Nossa Senhora é um texto do século III (!), a conhecida oração:

“À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”.

Diante desses e de muitos outros exemplos, podemos afirmar que a devoção à Maria não é algo inventado pela Igreja, mas algo essencial da fé cristã, desde o início da pregação evangélica.

A Virgem Maria e o menino Jesus nas catacumbas – Século II – Está localizada na Catacumba de Priscila em Roma, Maria parece estar amamentando o Menino Jesus no colo. Ela é datada de cerca do ano 150.

Tendo em vista a grande importância da devoção à Maria na Igreja, dentre muitos santos devotos da Virgem Santíssima, surgir um santo francês, chamado São Luís Maria Grignion de Montfort, que nasceu em  31 de Janeiro de 1673 (Século XVIII), em Montfort, na Bretanha francesa.

São Luís de Montfort tornou-se um grande missionário, que destacou-se pela sua devoção a Virgem Maria. Fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de São Gabriel. Também escreveu vários livros, dos quais destaca-se o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Nesse Livro, São Luís apresenta seu método de consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, que foi a consagração de São João Paulo II e tantos outros santos e santas.

O “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” é uma obra de São Luís Maria Grignion de Montfort (1673 – 1716), escrita por ele pouco antes de sua morte. O livro nos fala da devoção a Nossa Senhora e da necessidade da consagração a Ela. Além disso, o Tratado nos dá um método simples e eficaz de consagração, de nos entregar inteiramente a Maria.
O manuscrito do Tratado ficou perdido durante 130 anos, de 1712 a 1842, quando foi encontrado em uma caixa por um padre da congregação fundada por Montfort. Isto foi predito pelo Santo em seu Escrito: “Prevejo que muitos animais frementes virão em fúria para rasgar com seus dentes diabólicos este pequeno escrito […] Ou pelo menos procurarão envolver este livrinho nas trevas e no silêncio duma arca, a fim de que não apareça” (TVD 114).

A finalidade deste livro, segundo São Luís Maria, é mostrar como Maria Santíssima ainda é desconhecida, o que é uma das razões de Jesus Cristo não ser conhecido como deve ser. O Tratado nos leva ao conhecimento do Reino da Virgem Maria e ao conhecimento do Reino de Cristo. São Luís também diz que Jesus veio ao mundo por Maria e por Ela deve voltar no fim dos tempos: “Ela deu Jesus Cristo ao mundo a primeira vez, a há de fazê-lo resplandecer também na segunda vez” (TVD 13).

O Tratado foi promulgado pelo Papa Pio IX em 12 de maio de 1853, em Roma. Através de um decreto, os escritos de São Luís foram declarados isentos de qualquer erro que pudesse ser obstáculo para a sua beatificação. Além disso, muitos outros papas aprovaram o Tratado e concederam indulgências a quem se consagrasse pelo método de Grignion de Montfort. Dentre eles, talvez o mais célebre e conhecido seja o saudoso Papa João Paulo II, que conheceu o Tratado já na sua infância e particularmente consagrou-se a Maria segundo o Tratado.

Falando às Famílias Monfortinas, o Papa João Paulo II disse que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Santo Padre, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”. São João Paulo II experimentou e testemunhou essa eficácia do Tratado em sua própria vida:

“Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura deste livro, no qual “encontrei a resposta às minhas perplexidades” devidas ao receio que o culto a Maria, “dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo” (Dom e mistério, pág. 38). Sob a orientação sábia de São Luís Maria compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, “está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus” (CARTA DO PAPA JOÃO PAULO II ÀS FAMÍLIAS MONFORTINAS SOBRE A DOUTRINA DO SEU FUNDADOR.nº1)

Não nos enganemos pelo tamanho e pela simplicidade deste pequeno Livro, pois ele foi de grande auxílio para muitos cristãos em tempos difíceis. O Tratado e a consagração a Virgem Maria, segundo o método de Montfort, foram vias de santificação para numerosos homens e mulheres, do século XVIII até os nossos dias. Considerando a importância da consagração a Nossa Senhora na vida dos fiéis, recomendamos a leitura do Tratado, a preparação e a consagração total a Santíssima Virgem por todos, independente do estado de vida (solteiro, casado, religioso, sacerdote).

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http://www.universovozes.com.br/livrariavozes/web/view/DetalheProdutoCommerce.aspx?ProdId=8532602169

Fontes:

https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/letters/2004/documents/hf_jp-ii_let_20040113_famiglie-monfortane.html

http://blog.cancaonova.com/tododemaria/a-consagracao-de-sao-joao-paulo-ii-a-maria/#sdfootnote1sym

http://blog.cancaonova.com/tododemaria/tratado/

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